IDEB

POR DENTRO DO IDEB

O que é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica?
O Ideb foi criado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) em 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Ele é calculado com base na taxa de rendimento escolar (aprovação e evasão) e no desempenho dos alunos no SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e na Prova Brasil. Ou seja, quanto maior for a nota da instituição no teste e quanto menos repetências e desistências ela registrar, melhor será a sua classificação, numa escala de zero a dez. O mecanismo foi muito bem avaliado por especialistas justamente por unir esses fatores. Sendo assim, se uma escola passar seus alunos de ano sem que eles tenham realmente aprendido, por exemplo, isso ficará claro a partir da análise do desempenho dela no Ideb. A avaliação acontece para os alunos do 5º ano e 8ª série (9º ano), envolvendo as disciplinas de Português e Matemática.
Para que serve o IDEB?
O índice permite um mapeamento detalhado da educação brasileira, com dados por escolas, municípios e estados, além de identificar quem são os que mais precisam de investimentos e cobrar resultados. A Prova Brasil e o SAEB são aplicados a cada dois anos. A coleta e compilação dos dados demora cerca de um ano. Quando o IDEB foi criado, foram utilizados os dados de 2005, divulgados em 2006. Em 2008, saíram os resultados de 2007. Em 2010, foram divulgados os resultados de 2009. E em 2012 foram divulgados os resultados de 2011.
Como está a E. M. Erwin Prade no IDEB?
O desempenho da escola foi qualitativo, como se pode observar:
Observamos uma melhora contínua e bastante importante nos anos iniciais.  Entendemos que a melhora deve ser constante, buscando dar ênfase na aprendizagem dos conteúdos, leitura, tecnologia, na disciplina, responsabilidade e valorização das relações humanas. O objetivo do Ideb é fomentar a melhoria da qualidade do ensino para que o país atinja a nota 6 para as séries iniciais do ensino fundamental até 2022, bicentenário da Independência.
Contudo, em termos de Brasil, esses resultados precisam ser analisados com cautela. Não podemos assegurar que esse resultado quer dizer necessariamente que há uma melhoria na qualidade da educação. Os resultados em educação muitas vezes estão conectados a fatores externos à escola, como a condição socioeconômica dos alunos. E, com a melhoria de renda que o país vive, é possível que isso tenha um reflexo na educação, portanto o resultado não necessariamente é fruto da política educacional.
Como se pode colocar como meta 3,9 e comemorar ao atingir 4,0 (anos finais do Ensino Fundamental) no Ideb? Na comparação com países vizinhos da América Latina, estamos abaixo da média. Se compararmos ao Chile então, há um abismo.
Na média nacional, o país continua com números muito baixos. Falta muito investimento em educação, começando com o reconhecimento da importância na formação de professores, mesmo porque com a desvalorização dos docentes, cada vez menos estudantes procuram por esta profissão. Falta valorizar e pagar bem os professores, incentivando o melhor ensino, para melhorar também o Ideb e o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. Na Bahia, os professores têm salários miseráveis e ficaram em greve por 115 dias. Mesmo assim não têm o reconhecimento do governo daquele estado e o prejuízo para a educação é muito grande. No Brasil salários e formação de professores do Fundamental e Médio deixam a desejar.